Alunos super habilidosos novos, uma ilha paradisíaca e mais um jogo de matança mútua!
Olá! Tokyo Girl aqui.
Voltando com um título que já apareceu por aqui antes, no caso, com o primeiro jogo: Danganronpa Trigger Happy Havoc. Caso queira ver minha resenha e impressões sobre o jogo, pode clicar aqui.
No caso, é o segundo jogo da série, sendo canônico. Inclusive, é agora que a franquia Danganronpa começa a sair um pouco dos jogos também, indo para os animes e mangás. Com isso, vale dizer que: se você gosta bastante da obra, é importante jogar Danganronpa 2: Goodbye Despair para uma maior imersão e compreensão da história. Tecnicamente falando, o jogo pode ser consumido após os animes, mas isso nós deixamos para falar mais para frente.
Então, vamos aos meus pontos!
Férias em um ilha paradisíaca
Sobre o enredo:
Diferente de seu antecessor, Danganronpa 2 não se passa na Hope’s Peak Academy, mas sim em uma viagem de férias dos alunos da mesma. Inicialmente, Usagi – um coelho robô e professora de todos – revela que eles ficaram muito tempo na ilha, para ser mais preciso, até que todos coletem “Fragmentos de Esperança”, o suficiente para que todos fiquem amigos e próximos entre si. O protagonista, Hajime Hinata, é acordado nessa ilha por Nagito Komaeda, o sortudo de super nível colegial. Tudo dá certo, até a aparição de Monokuma, que destrói a varinha mágica de Usagi – tornando-a Monomi – e instaurando outro jogo de matança mútua.
Algumas diferenças notáveis deste enredo para o outro, além da localização, é o protagonista. Nós jogamos sem saber sua habilidade de super nível colegial, além dos personagens terem características bem diferentes dos do jogo anterior. Único personagem que acaba sendo idêntico é o Byakuya Togami, mas revelar mais sobre ele acabaria sendo spoiler.
O enredo de Danganronpa 2 começa um tanto simples, com algumas diferenças de narrativa do primeiro jogo, mas que acaba escalando bem rápido conforme os capítulos se passam. Uma diferença extremamente positiva notada por mim, foram os motivos. Diferente do primeiro jogo, os motivos para os assassinatos ou são específicos para uma pessoa, ou é extremamente genérico e acaba atingindo todos, sendo apenas um cronometro até o assassinato acontecer.
Entretanto, o final do enredo acaba sendo bem dependente dos animes que dão sequência a história. Isto, na minha opinião, acaba sendo uma faca de dois gumes. Em contrapartida é bom saber que tudo aquilo vai ter uma explicação e você vai se aprofundar nos personagens que você se apagou, entretanto, ter um final dependente de outra obra acaba sendo um tanto ruim, visto que acaba deixando as coisas em aberto.
De uma forma geral, a história e as interações de personagem valem bastante a pena, mesmo que você não procure o anime posteriormente.
Personagens marcantes e design… único
Vamos aos gráficos!
O cast de DR 2 é bem diverso e diferente do primeiro jogo, com habilidades ultimates extremamente peculiares. Digo isso porque seus designs são extremamente relacionadas com suas habilidades ultimates, dando um ar extremamente próprio para os personagens e, consequentemente, ajudam a deduzir e compreender a habilidade de cada um, apenas olhando a personagem em si. Além disso, por ter uma característica de Visual Novel, não existem tantos elementos de gráfico para serem analisados, mas sim a arte em geral.
A arte de Danganronpa é extremamente única por si só, principalmente as expressões e como os olhos são desenhados. Ademais, os cenários são extremamente bem desenhados e bem feitos, tendo uma boa escolha de paletas de cores. As cenas de “CG” – quando é uma imagem especial relacionada a história – são muito bem detalhadas também, com uma boa composição e as cenas são condizentes com os personagens.
Os sons estão bem superiores ao jogo anterior. As músicas ganharam uma repaginada, além de remasters em algumas icônicas, como o tema principal e o de suspense. A dublagem também é extremamente bem feita, dando um destaque para a dubladora do personagem Nagito Komaeda, que fez um ótimo trabalho dando voz ao personagem, que além de combinar, é insanamente bem interpretada.
Dando continuidade, os diálogos também estão bem trabalhados. Tanto no enredo principal, onde cada conversa é bem profunda e mostra bem a relação entre os personagens, quanto nos free times, onde você interage com um personagem em específico e acaba descobrindo bem mais dele, através de um diálogo, como toda boa VN.
O que mudou?
Diversas mudanças – e que foram boas – ocorreram do primeiro para o segundo jogo, principalmente no Julgamento Escolar – Class Trial – quanto no geral do game.
A primeira mudança notável é que a “Reação” do jogo anterior foi removida. Basicamente, essa mecânica consistia em apertar um botão para reagir a determinado tópico na conversa, tendo mais profundidade no mesmo. No segundo game, não temos isso.
Outra delas é que a visão em primeira pessoa só funciona em interiores, quando exploramos a Ilha, controlamos um Hinata, onde andamos para a esquerda ou direita, até chegar no lugar onde deseja.
O Class Trial manteve alguns aspectos como:
- Respostas precisas: Hinata precisa responder uma questão sobre o julgamento, ao responder errado, você perde meio coração.
- Apresentar Evidências: Hinata apresenta evidência que comprovam, ou refutam, algum argumento.
- Debate sem pausa: O debate irá fluir como uma conversa normal, sem tempo para parar e ler com calma como em uma VN. Hinata terá algumas Truth Bullets, contendo algum argumento. Quando alguma sentença estiver em vermelho, é uma consistência que pode ser refutada com algum dos Truth Bullets. Isso é um ponto mega maneiro do jogo, porque você precisa mirar com o mouse/controle para a sentença e literalmente atirar seu argumento. Além disso, existem debates sem pausa que no lugar de refutar, você precisa concordar com o argumento, usando alguma evidência.
- PTA (ou como eu gosto de chamar: Batalha de Rap): Teve uma pequena mudança de Layout e mecânica, mas não mudam o conceito no geral. Nela – possivelmente o culpado – acaba surtando e tentando te ofender, então, vamos para um jogo rítmico para “explodir” as baboseiras faladas pelo personagem em si. Diferente do primeiro jogo, na hora de dar a resposta final, você já tem a resposta certa, mas precisa organizar ela de forma correta para disparar contra o adversário.
A “Forca” foi substituída pela “Forca Aprimorada”, que é o mini-game que eu odeio com todo meu ser, não só por eu ser ruim nele, mas por ele ser extremamente longo e cansativo.
Então, as novas mecânicas:
- Long Dive: Durante o Trial, existem momentos em que Hinata tem que passar um curto período de tempo refletindo sobre o que falar e quais provas associar ao caso. Para isso, você joga um mini-game bem divertido e desafiador até, onde controlamos Hinata em uma prancha de esquiagem, literalmente navegando pelos seus pensamentos. Para completar, é necessário escolher a combinação de pensamento correta.
- Rebutal Showdown: Sem sombras de dúvidas, a mecânica nova que eu mais gostei. Durante a discussão, existe uma possibilidade de um dos personagens interromper a sua fala, gerando uma discussão um-para-um, que deve ser rebatido literalmente como um duelo de espadas.
Outra mudança são os recessos, mas eles não chegam a interferir tanto assim no gameplay. Os recessos são pequenas pausas que separam o julgamento em duas partes.
Todas essas mecânicas melhoraram bastante o tribunal, deixando-o mais fluído e divertido. Não que o jogo passado não fosse, mas a melhora do primeiro para o segundo é bem notável, principalmente nos casos.
Os casos do segundo jogo são todos bem icônicos e desafiadores, com reviravoltas durante todo o julgamento.
Em conclusão, Danganronpa 2: Goodbye Despair é uma ótima sequência, melhorando muito a jogabilidade, com novos personagens extremamente carismáticos e envolventes e um enredo relativamente consistente, mesmo que ele “dependa” de certa forma do anime, o que é algo bom e ruim, como explicado anteriormente.
Você pode comprar ele na steam, através deste link: https://store.steampowered.com/app/413420/Danganronpa_2_Goodbye_Despair/
Tenham um bom dia e obrigada pela atenção!
❝𝒯𝒽𝑒 𝓃𝒾𝑔𝒽𝓉 𝒾𝓈 𝒹𝒶𝓇𝓀 𝒶𝓃𝒹 𝒻𝓊𝓁𝓁 𝑜𝒻 𝓉𝑒𝓇𝓇𝑜𝓇𝓈❞
~Ｔｏｋｙｏ Ｇｉｒｌ ゥト果
Taverna 42 